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Tríptico de São Pedro, São Paulo e Santo André
Painel central: São Pedro
Volante esquerdo: São Paulo (anverso) e Virgem da Anunciação (reverso em grisalha beige).
Volante direito: Santo André (anverso) e Arcanjo São Gabriel (reverso em grisalha beige)
Atribuído a Joos Van Cleve
Cerca de 1520
Pintura a óleo sobre madeira de carvalho
Alt. 178 x larg. 116 cm (largura dos volantes: 55 cm)
MASF27



Este tríptico provém da Igreja de São Pedro, mas tem por origem a Capela de São Pedro e São Paulo, fundada em meados do séc. XV por João Gonçalves Zarco, primeiro capitão donatário do Funchal. O conjunto deve ter sido encomendado no início do século XVI, para o altar-mor, por iniciativa de Simão Gonçalves da Câmara, terceiro capitão donatário do Funchal.
Ao centro, representa-se São Pedro, que segura as chaves do Céu e o volumen da Nova Lei, envergando uma túnica azul e manto vermelho de magnifico desenho. Surge recortado sobre paisagem de fundo de profunda perspectiva, onde se vê à direita a cena da vocação de São Pedro no mar da Galileia. À direita representa-se Santo André, segurando a cruz em aspa em que foi martirizado. À esquerda, São Paulo segura com a mão direita o volumen fechado e na esquerda a espada com que foi decapitado. Nos reversos apresenta-se cena da Anunciação, tendo Gabriel à direita e Maria à esquerda, ambos envolvidos por filactera com a inscrição da Saudação Angélica.
O programa iconográfico de todo o tríptico, quando fechado, ilustrava a Encarnação do Verbo e, depois de aberto, três dos principais protagonistas da disseminação da mensagem do Verbo Encarnado.
A qualidade global da composição, rigor anatómico, reverberância e contrastes de cor, revelam um artista em plena maturidade dos seus recursos expressivos.
A pintura está hoje atribuída a Joos van Cleve1. Veja-se por exemplo a sua proximidade com o tríptico da Adoração dos Reis Magos do Museu Capodimonte em Nápoles.
Próximo do tríptico do Funchal é o Tríptico de São Bartolomeu, no concelho de Baião, proveniente da Igreja de Campelo.
A pintura é atribuída a Joos van Cleve, de seu verdadeiro nome Van der Beke, no início da sua actividade. Nascido em Cleve, foi discípulo de Jan Joest van Kalkar, activo entre 1507 e 1540. Está documentado em Antuérpia a partir de 1511-12. Sofre a influência da obra de Gérard David, Quentin Metsys, Patenier e, mais tarde, dos maneiristas de Antuérpia.

1 Arte Flamenga, Museu de Arte Sacra do Funchal, Luiza Clode e Fernando António Baptista Pereira, EDICARTE, 1997, p. 76.

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Créditos  |  Última actualização: 1 Fevereiro 2012