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Tríptico de Santiago Menor e São Filipe
Painel Central: Santiago Menor e São Filipe
Volantes anversos: Simão Gonçalves da Câmara e seus filhos e D. Isabel da Silva (?) e suas filhas
Reversos: Anunciação
Atribuído a Pieter Coeck Van Aelst
Óleo sobre madeira de carvalho
Cerca de 1527 a 1531
Alt. 164 x larg.122 cm (volantes: 170 x 57 cm)
MASF40A



Este tríptico provém da Igreja de São Tiago Menor, hoje conhecida por Igreja do Socorro, no Funchal. O investigador Cayola Zagallo encontrou-o na sacristia da igreja, onde ainda hoje se vê a predela do conjunto. Os doadores representados nos anversos do tríptico serão Simão Gonçalves da Câmara e seu filho João, terceiro e quarto donatários do Funchal, acompanhados das respectivas mulheres, D. Joana Castelo Branco, primeira mulher de Simão, ou D. Isabel Silva, sua segunda mulher, e D. Leonor de Vilhena, consorte de João Gonçalves da Câmara. Segundo Cayola Zagallo, a data da execução do tríptico deve situar-se entre 1527-1531.
A primeira pedra da igreja foi lançada em 1521, não custando a admitir que, nos anos seguintes, o capitão donatário Simão Gonçalves da Câmara ou o seu filho e sucessor, João, tivessem encomendado o sumptuoso retábulo.
Foi atribuído a Pieter Coeck van Aelst por Georges Marlier, em 1966. Esta atribuição foi confirmada por Pedro Dias, em 1992, para a versão portuguesa do catálogo da exposição Feitorias, no Museu Nacional do Museu de Arte Antiga.
O tríptico deverá ser considerado uma obra do primeiro período de Pieter Coeck van Aelst1. Apresenta, quando aberto, a mesma paisagem de fundo nos três painéis, vendo-se no central as destacadas figuras dos Santos Apóstolos, Filipe e Santiago Menor, escolhido este em 1521 para padroeiro da cidade do Funchal. Ao fundo, cenas representativas dos respectivos martírios: a crucificação de Filipe e a morte de Tiago à bastonada.
Fechado, o conjunto representava uma Anunciação em grisalha, com as carnações e cabelos em cor natural. Ao contrário do que é comum, abre-se no alto, entre as figuras, um óculo, repartido entre os dois painéis, através do qual se vê uma paisagem de suaves montanhas, numa alusão ao Mundo que o Salvador que se anuncia vem resgatar.

1 Arte Flamenga, Museu de Arte Sacra do Funchal, Luiza Clode e Fernando António Baptista Pereira, EDICARTE, 1997, p. 104.

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Créditos  |  Última actualização: 1 Fevereiro 2012