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Custódia
Ouro cinzelado, relevado e vazado
Séc. XVIII, datada de 1799
Oficina de Lisboa, ourives Paul Mallet
Alt. 63 x larg. 21 cm
Provém da Sé do Funchal
N.º de inv. MASF 238
Custódia de base triangular, haste e hostiário com resplendor radiado. O hostiário circular apresenta câmara central envidraçada e portada no verso. É emoldurado por uma cercadura de pedras brancas semi-preciosas. No remate do hostiário, raios setiformes de diferentes dimensões. Sobre eles um feixe de espigas de trigo assim como um ramo de videira com uvas. A lúnula apresenta-se sem decoração.
A haste é ornamentada por um véu, tendo na superfície principal, ao centro, um pelicano. O arranque da haste apresenta em cada uma das faces, em superfícies vazadas, os símbolos eucarísticos – o cordeiro com estandarte sobre o livro do Apocalipse, uma fénix (?) e um altar do sacrifício. A base tem três pés em enrolamentos de volutas.
A custódia de ouro, segundo a inscrição gravada, foi executada em Lisboa. Está datada de 1799 e assinada Paul Mallet. O ourives, de origem francesa, segundo informação cedida por Vassallo e Silva, tinha oficina na Rua Áurea, em Lisboa. Foi mais tarde autor de medalhas mandadas criar por D. João VI, em 1832.
Esta custódia pode ser considerada uma das mais importantes referências da ourivesaria neoclássica em Portugal.
Exposta no Convento de Santa Clara em 1951. |
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