Maça de Porteiro
Ourivesaria portuguesa
Prata relevada, cinzelada e vazada
Primeiro quartel do século XVI
Alt. 91 x larg. 10 cm
Provém da Sé do Funchal
MASF65
A maça ou bastão apresenta o canhão e a cabeça da vara. O canhão, de secção octogonal, está dividido por quatro nós, sendo o mais saliente no topo, na ligação com a cabeça do bastão. Um cordão sobrepõe-se ao perfil das arestas do volume octogonal do canhão, assim como nos nós, à excepção do punho da maça.
A cabeça do bastão, em forma de urna, tem a base ornamentada com óculos vazados e gravados. Apresenta uma moldura lisa no bojo que faz a ligação com as duas partes. A parte superior da cabeça é semiesférica, com superfícies quadrangulares gravadas e vazadas. Sobre esta, um volume cilíndrico, com óculos vazados, ladeado por quatro aletas e coroado por pináculo que termina em esfera.
Uma corrente liga as extremidades do canhão.
D. Manuel ofereceu esta maça de porteiro à Sé do Funchal. Vem mencionada no recibo do cónego Álvaro Lopes datado de 6 de Dezembro de 1527, uma maça branca com umas cadeias que pesou oito marcos, sete onças e meia oitava.1
A cabeça do bastão ou maça é de uma época posterior, provavelmente do fim do séc. XVI-princípios do XVII, bem ao gosto da ourivesaria chã.
Servia nas actividades litúrgicas solenes como símbolo de autoridade episcopal.
Exposta no Convento de Santa Clara em 1951.
1 Torre do Tombo, Manuscritos da Sé maço 7, em PITA FERREIRA, A Sé do Funchal, p. 175.
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